sábado, 19 de maio de 2007

Entre Perdas e Danos

Escrevi este artigo para o setor de devocional do site Jovem Adventista - www.jovemadventista.com.br , mas percebi que o mesmo servia para os objetivos deste Blog.

Gostaria que você lesse o artigo, refletindo sobre tudo o que você fez até este momento para ajudar a cumpir a ordem de pregar o evangelho para todas as pessoas e por todos os lugares.

“Então ouvi uma voz do céu, que disse: - Escreva isto: felizes as pessoas que desde agora morrem no serviço do Senhor! - Sim, isso é verdade! - responde o Espírito de Deus. - Elas descansarão do seu duro trabalho porque levarão consigo o resultado dos seus serviços.” Apocalipse 14:13.

Sexta-feira, dia 27 de abril, véspera de feriadão, estava saindo do trabalho e preparando-se para ir em direção a Santa Catarina, com o objetivo de comemorar mais um ano de vida do meu pai, que nasceu no dia 27 de abril.

Logo após me despedir do chefe, tocou o celular, era minha esposa, praticamente chorando; tentava contar a triste notícia que o meu avô paterno faleceu.

Junto com tia, primos e parentes, o meu destino foi uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul, aproximadamente 1.100 km de São Paulo. Foi uma via dolorosa, pensando nos momentos que tive ao lado do avô. Vi a noite chegar e o dia raiar. Foram momentos de sentimento de perda, onde nem os cinco graus me faziam sentir tanto frio.

Na igreja, deparei com a triste cena da minha avó, chorando, ao lado do caixão.

Os familiares e amigos começaram a chegar e a programação logo iniciou. Lembro dos momentos que o meu pai falou algumas palavras que fizeram tocar o sentimento de saudade, principalmente dos filhos que recordaram bons momentos. Meu irmão também apresentou uma mensagem de recordação, onde fez todos se lembrarem de momentos em que reuníamos para festejar mais um inicio de ano e como atualmente estava difícil realizarmos um grande encontro familiar. A mensagem dele também foi de salvação e tocou no coração de muitos que raramente pisavam em uma igreja adventista.

Meu objetivo não foi de rodar 1.100 km para sentir de perto a perda do meu avô, mas foi de tentar ajudar a diminuir os danos que essa perda poderia causar em minha avó, pai e tios. Tive a oportunidade de conversar com minha avó por alguns momentos e mostrar que ela continuava com uma grande missão. Foram palavras de incentivo e ânimo para amenizar os danos da perda.

Reunimos-nos para fazer o culto de despedida do sábado, após o “amém” da oração final, minha avó puxou o corinho, “DEUS É TÃO BOM”. Como ele poderia ter forças para cantar que “DEUS É TÃO BOM”? Naquele mesmo dia ela viu pela última vez seu companheiro descansar e ainda teve forças de cantar Deus é Tão Bom.

Ela sabe que o seu companheiro está apenas descansando e sabe que um dia vai encontrar novamente com ele.

Você já teve esse sentimento de perda? Já perdeu um parente ou amigo?

Nossos queridos descansam, mas nós devemos considerar o viver algo muito especial. Cada dia de nossa vida é envolto em responsabilidades que devemos desempenhar. Nossas palavras e ações são testemunho para com aqueles que temos contato. Devemos encontrar nosso consolo em Jesus.

Quando as dificuldades e provações nos perseguem, devemos fugir para Deus e confiantemente esperar Seu auxílio, pois Deus é poderoso e forte para nos salvar.

Em oração e louvor, devemos sempre apresentar ações de graças ao nosso Salvador. Devemos sempre honrar, louvar e glorificar o seu Santo nome, até mesmo quando passamos por perdas e danos.

Devemos buscar do Senhor a sabedoria em toda emergência. Em todas as provações, precisamos orar para que Jesus nos mostre uma saída para nossas dificuldades e Ele nos fará lembrar as preciosas promessas que estão registradas na Bíblia.

Jesus triunfou sobre a morte e todos que hoje no túmulo dormem em Cristo, participarão da vitória e sairão das sepulturas, como fez o nosso Salvador.

Deus nos deixou uma missão especial, ir por todo o mundo e pregar o evangelho. Devemos cumprir nossa missão e estarmos sempre prontos para quando precisarmos depor nossa armadura e adormecer na morte, estarmos preparados.