sábado, 16 de junho de 2007

Vamos Pescar?

Criança ou idoso, adulto ou jovem, homem ou mulher, rico ou pobre, doutor ou analfabeto. Não importa a idade, o sexo, a sua profissão ou muito menos sua condição de estudo ou financeira. Todos podem pescar. Você apenas precisa gostar de pescar.

Eu não sou um pescador profissional, sou apenas um jovem que desde pequeno gosta de pescar. Acho que essa vontade veio dos tios e do meu avô que gostam de pescar. Meu avô já é bem velinho, gosta de ficar mais tempo deitado por motivo da idade, mas quando chego e digo: “Vô, vamos pescar?” ele logo levanta e fica animado.

Gosto de pescar na praia ou em algum lugar com uma bonita paisagem, na beira de um rio ouvindo o descer da água, os pássaros ou qualquer lugar que faça esquecer a rotina da correria da cidade grande.

Para uma pescaria ter sucesso, você precisa ter algumas informações e mesmo assim o resultado da sua pesca pode ser apenas um passeio.

No inicio quando ia pescar, não ligava muito qual tipo de isca e linha estava levando e muitas vezes não trazia nada, mas no decorrer do tempo fui aprendendo um pouquinho mais e hoje quando vou pescar faço os seguintes preparativos:

1 – Procuro saber sobre o local. Se é bonito, se é uma pescaria em água doce(rio, pesqueiros, etc) ou no mar. Se a pescaria é em barranco, em barquinho, em pedras. Procuro saber tudo sobre o local.

2 – O segundo passo é saber sobre o estilo de peixe que dá no local. Se os peixes são grandes, pequenos, que tipo de comida eles gostam (isca), qual a quantidade de peixe que pescaram na ultima vez, etc...

3 – O terceiro passo é se estou com o equipamento adequado. Verifico se estou levando a varinha apropriada para o local, qual tipo de linha preciso colocar. Levo pesos, anzóis e vários outros aparatos em uma maletinha, pois sempre precisamos estar atentos para dificuldades que podem existir.

Aqui em São Paulo, algumas vezes vou pescar sozinho, mas a maioria das vezes sempre existe algum companheiro para a pescaria. Falam que o ideal é nunca ir sozinho, por motivo de segurança ou para ajudar a tirar o peixe ou até mesmo para ajudar a contar aquela baita história sobre aquele baita peixe que fugiu.

Tenho várias histórias sobre pescaria e conheço vários pescadores que contam aquelas “baita histórias de pescarias”, mas prefiro analisar uma das histórias de pescaria que está registrada na Bíblia.

Raiava o dia sobre o Mar da Galiléia. Os discípulos, fatigados por uma noite de infrutífero labor, achavam-se ainda em seus barcos, no lago. Jesus viera passar uma hora de calma à beira-mar. Esperava, pela manhãzinha, fruir um período de sossego da multidão que O acompanhava dia a dia. Mas em breve começou o povo a aglomerar-se em torno dEle. Seu número cresceu rapidamente, de maneira que Se sentia comprimido de todos os lados. Entretanto, os discípulos haviam vindo para terra. A fim de escapar à pressão da massa, Jesus entrou no barco de Pedro, e pediu-lhe que se afastasse um pouco da praia. Daí Jesus podia ser visto e ouvido melhor por todos e, do barco, ensinava à multidão na praia.

Findo o discurso, Jesus voltou-Se para Pedro, e pediu-lhe que se fizesse ao mar alto, e lançasse as redes para pescar.

A noite era o único tempo propício para pescar com redes nas claras águas do lago. Depois de labutar a noite inteira sem resultado, parecia inútil lançar a rede de dia; Jesus, porém, dera a ordem, e o amor por seu Mestre levou os discípulos a obedecer. Simão e seu irmão deitaram juntos a rede. Ao tentarem recolhê-la, tão grande era a quantidade de peixes apanhados, que começou a romper-se. Foram forçados a chamar Tiago e João em seu auxílio. E havendo recolhido o conteúdo, tão grande era a carga em ambos os barcos, que se viram ameaçados de ir a pique.

Mas Pedro não cuidava agora de barcos e carregamentos. Esse milagre, acima de todos quantos havia presenciado, foi-lhe uma manifestação de poder divino. Viu em Jesus Alguém que tinha toda a Natureza sob Seu comando. Enquanto os companheiros punham em segurança o conteúdo da rede, Pedro caiu aos pés do Salvador, exclamando: "Senhor, ausenta-Te de mim, que sou um homem pecador." Luc. 5:8.

Todavia, apegou-se aos pés de Jesus, sentindo que dEle não se podia separar. O Salvador respondeu: "Não temas; de agora em diante serás pescador de homens." Luc. 5:10. Foi depois de Pedro haver sido levado à renúncia de si mesmo e à dependência do poder divino, que recebeu o chamado para sua obra por Cristo.

Até então nenhum dos discípulos se havia inteiramente unido a Jesus como colaborador Seu. Tinham testemunhado muitos de Seus milagres e Lhe escutado os ensinos; não haviam, porém, abandonado de todo sua anterior ocupação. Pedro aceitara o chamado. Ao chegar à praia, Jesus pediu aos outros três discípulos: "Vinde após Mim, e Eu vos farei pescadores de homens." Imediatamente deixaram tudo, e O seguiram.

Durante aquela triste noite no lago, enquanto separados de Cristo, os discípulos foram duramente premidos pela incredulidade, e cansaram-se num infrutífero labor. Sua presença, porém, lhes ateou a fé, e trouxe-lhes alegria e bom êxito. O mesmo se dá conosco; separados de Cristo, nosso trabalho não dá fruto, e fácil se torna desconfiar e murmurar. Quando Ele está perto, porém, e trabalhamos sob Sua direção, regozijamo-nos nas demonstrações de Seu poder.

A mais profunda lição que o milagre ensinou aos discípulos, é também uma lição para nós - que Aquele cuja palavra pôde apanhar os peixes do mar, podia igualmente impressionar corações humanos, atraindo-os com as cordas de Seu amor, de maneira que Seus servos se tornassem "pescadores de homens".

Eram humildes e ignorantes, aqueles pescadores da Galiléia; mas Cristo, a luz do mundo, era sobejamente capaz de habilitá-los para a posição a que os chamara. O Salvador não desprezava a educação; pois, quando regida pelo amor de Deus e consagrada a Seu serviço, a cultura intelectual é uma bênção. Mas Ele passou por alto os sábios de Seu tempo, porque eram tão cheios de confiança em si mesmos, que não podiam simpatizar com a humanidade sofredora, e tornar-se colaboradores do Homem de Nazaré. Em sua hipocrisia, desdenhavam ser instruídos por Cristo.

O Senhor Jesus procura a cooperação dos que se tornem desimpedidos condutos para comunicação de Sua graça. A primeira coisa a ser aprendida por todos os que desejam tornar-se coobreiros de Deus é a desconfiança de si mesmos; acham-se então preparados para lhes ser comunicado o caráter de Cristo. Este não se adquire por meio de educação recebida nas mais competentes escolas. É unicamente fruto da sabedoria obtida do divino Mestre.
Deus toma os homens tais quais são, e educa-os para Seu serviço, uma vez que se entreguem a Ele.

Assim como não na pescaria, não importa se somos crianças, jovens, adultos ou velhos, ricos ou pobres, homens ou mulheres, para sermos pescadores de homens o que importa é aceitarmos o chamado e nos entregarmos nas mãos de Jesus neste trabalho.
Em vez de realizarmos preparativos para pescar peixes, agora devemos é realizar preparativos para pescar homens.

Vamos continuar analisando o local da pescaria, o tipo de isca ou o tipo de abordagem que vamos usar, se é através de um convite para um curso como deixar de fumar, para uma semana de oração, para uma semana do calvário, para uma apresentação musical...

Só que em vez da varinha, da linha, anzol e demais utensílios de uma pescaria, agora vamos usar a bíblia, os livros do Espírito de Profecia e todos os utensílios que temos disponíveis para esta modalidade de pescaria.

Para não voltarmos de mãos vazias, como muitas vezes ocorre comigo quando vou pescar peixe, precisamos lembrar que nossos esforços podem ser efetivos e permanentes, especialmente na obra de pescar homens, mas somente quando o poder divino se combina com o esforço humano é que conseguimos alcançar êxito.

Outra grande diferença entre pescar peixes e pescar homens está no seguinte contraste. Os peixes que pescamos e que aqueles homens tinham pescado durante toda sua vida, morrem ao serem retirados da água, mas quando somos pescadores de homens, os levamos a conhecer Jesus, os retiramos para a vida, e para que a tivessem em abundância.

“Aquele que chamou os pescadores da Galiléia, chama ainda homens ao Seu serviço. E está tão disposto a manifestar por nosso intermédio o Seu poder, como por meio dos primeiros discípulos. Imperfeitos e pecadores como possamos ser, o Senhor estende-nos o oferecimento da comunhão com Ele, do aprendizado com Cristo. Convida-nos a colocar-nos sob as instruções divinas, para que, unindo-nos a Cristo, possamos realizar as obras de Deus.” Serviço Cristão, página 259.

Gostaria de concluir esse artigo convidando você para ser um “pescador de homens” no mundo Web. Nos artigos anteriores apresentei várias formas e técnicas de pescaria que você pode adotar ou servirem de apoio para uma boa pescaria neste imenso mundo virtual que está repleto de pessoas reais querendo ouvir uma mensagem real de salvação para os seus problemas.

2 Comments:

At 20:24, Anonymous Anônimo said...

eu buscava algo sobre Pedro, o pescador de homens. Suas referencias sobre o "diagnóstico" prévio do local e do tipo de peixe me levou a várias outras reflexões.
Deus te abençoe.

 
At 19:40, Anonymous Anônimo said...

eu asvezes sinto vontade de ser pescador de almas ,agora com esta dica de pescaria que vc me deu vou procurar uma pedra para meditar e por em pratica a minha pescaria tambem,muito obrigado.Deus lhe ilumine.

 

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